segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um dia especial

Salut!

Normalmente, utilizo este espaço para compartilhar receitas e experiências gastronômicas. Porém, hoje, gostaria apenas de mostrar mais um exemplo de como o ato de preparar os alimentos pode ser mais do que cozinhar. Imagine-se em um domingo chuvoso preguiçoso. Mesmo com o mínimo gasto energético, chega uma hora em que a fome incomoda. Já passava das cinco da tarde quando fui verificar a disponibilidade de alimentos na geladeira. Bem, havia o suficiente para preparar um delicioso sanduíche de carne para duas pessoas.
Pão com gergelim, coxão mole cortado em tiras, um potinho de caldo de carne (tempero pronto), alho, shoyo, mostarda amarela, azeitonas fatiadas, alface, tomates fatiados sem sementes, sobras de provolone e mussarela de búfala e uma maionese caseira (base de leite) com ervas.
Mais ou menos 250 gramas de carne ficam no tempero por 10 minutos, acompanhados de pimenta, dois dentes de alho bem picadinhos e quatro colheres de sopa de molho shoyo. Nada de sal! Despeje a carne em uma frigideira untada com azeite de oliva extra virgem e deixe fritar. Quando estiver corada, acrescente um potinho de caldo de carne, espere 10 minutos e desligue. Enquanto isso, aqueça o forno em 200 graus.
Para montar o sanduíche, acomode a carne e os demais ingredientes em camadas, finalizando com a maionese caseira, mostarda amarela e orégano. Deixe de fora apenas a alface. Leve o sanduíche aberto ao forno para derreter o queijo (pode usar a opção que tiver na geladeira, mas use pedaços menores em vez de fatias inteiras, pois assim o gosto se incorpora ao restante). Quando o queijo derreter, retire e coloque as folhas verdes (que podem ser agrião e rúcula também) para finalizar. Feche o sanduba e aprecie a mistura incrível de sabores.
Eu não sei se um dia conseguirei repetir essa receita com o êxito de ontem, porque acredito que, às vezes, é um estado de espírito que nos conduz ao sabor perfeito, no entanto, o que mais me marcou foi a felicidade estampada em nossos rostos - meu e do Paulo - durante a refeição. Sabe quando você come sorrindo e suspirando... Fico me perguntando se será loucura minha, porque não sei se as pessoas sentem isso na hora de comer.
Inexplicável meu sentimento quando o Paulo olhou para mim e disse: - Anota tudo que você colocou nesse sanduíche porque não me lembro qual foi a última vez que comi algo tão bom! Bah! Fiquei tão emocionada quanto se tivesse recebido uma declaração de amor daquelas inesperadas! Quem não gosta de cozinhar, certamente pensa que é exagero... Mas então eu me recordo que em todas as vezes na vida em que fiz algo com paixão, devontando uma parte especial de mim à tarefa por mais simples que fosse, a sensação foi a mesma.
No colégio, compondo músicas e poemas para a banda Flor de Lis ou, então, na faculdade, redigindo as reportagens para a aula do prof. Jacques Mick e o jornal Primeira Pauta... No trabalho, ao salvar o úlitmo arquivo da campanha e, depois, receber a peça pronta ou veiculando pela cidade... Um release do cliente publicado em espaço de destaque... Aff, então, é por isso que insisto que cozinhar é mais do que cozinhar!

Boa semana a todos!

PS 1: parabéns a Vanessa pela incrível sobremesa de sábado. Amiga, manda a receita please!
PS 2: não tem foto hoje porque o aroma me distraiu e esqueci completamente...

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